O console Switch 2: esgotado na maioria dos mercados globalmente (Reprodução)
Repórter
Publicado em 11 de junho de 2025 às 06h31.
Última atualização em 11 de junho de 2025 às 09h38.
A Nintendo anunciou nesta quarta-feira, 11, que vendeu mais de 3,5 milhões de unidades do Switch 2 em apenas quatro dias. É a melhor estreia da história da empresa para um novo console, superando com folga os 2,7 milhões vendidos no primeiro mês do Switch original, lançado em 2017.
A meta da Nintendo é ambiciosa: vender 15 milhões de unidades até março de 2026. Analistas acreditam que, se a empresa conseguir aumentar a produção, esse número pode ser ainda maior. Em cidades como Tóquio e São Francisco, fãs aram horas em filas para garantir o novo aparelho, considerado um dos lançamentos mais aguardados do ano.
O Switch 2 dá sequência ao sucesso do modelo original, que conquistou o mundo ao permitir jogar tanto na TV quanto no modo portátil. O lançamento do novo console é visto como um marco para a indústria de games, com potencial de influenciar decisões de negócios de concorrentes e parceiros por vários anos.
Apesar do sucesso inicial, o desafio agora é manter o ritmo. A forte demanda gerou escassez e levou o presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, a pedir desculpas publicamente. Ele afirmou que a empresa está acelerando a produção e firmou acordos com plataformas como Rakuten, Mercari e LY Corp. para combater a revenda a preços abusivos.
O console é produzido majoritariamente na China, com participação da Foxconn. As ações da Nintendo caíram mais de 3% na Bolsa de Tóquio, pressionadas por temores relacionados às tarifas comerciais dos Estados Unidos, que podem afetar a cadeia de fornecimento.
Especialistas dizem que manter o estoque nas prateleiras será crucial para o sucesso contínuo. O novo modelo custa US$ 450, valor mais alto que o da geração anterior, o que pode afetar o apelo em alguns mercados, especialmente em um cenário de economia global enfraquecida.
Furukawa também alertou que a empresa pode reajustar o preço do console no futuro, dependendo da política tarifária do governo norte-americano sob a liderança de Donald Trump.