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Trump diz que definirá tarifas unilaterais nas próximas duas semanas

Medida deve ser realizada antes do prazo final de 9 de julho para reimpor tarifas mais altas a dezenas de economias

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 11 de junho de 2025 às 20h42.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 11, que pretende enviar cartas aos parceiros comerciais nas próximas duas semanas, definindo tarifas unilaterais, antes do prazo final de 9 de julho para reimpor tarifas mais altas a dezenas de economias.

"Em determinado momento, simplesmente enviaremos cartas. E acho que vocês entendem que, ao dizer que este é o acordo, vocês podem aceitar ou não", disse Trump em uma coletiva de imprensa nesta tarde, no Kennedy Center, em Washington.

Não há detalhes sobre como a medida deve funcionar. O presidente frequentemente estabelece prazos de duas semanas para ações, ainda que os menores detalhes não estejam definidos, informou a Bloomberg.

Em 16 de maio, o presidente disse que estabeleceria tarifas para os parceiros comerciais dos EUA "nas próximas duas a três semanas". O único acordo comercial que os EUA alcançaram foi com o Reino Unido, juntamente com uma trégua tarifária com a China.

Questionado nesta quarta-feira, 11, se estenderia o prazo para os países fecharem acordos com seu governo antes que as tarifas mais altas entrem em vigor, Trump disse que estaria aberto a isso. “Mas não creio que teremos essa necessidade”, acrescentou.

Guerra comercial com a China chegou ao fim?

O magnata anunciou nesta quarta-feira, 11, a conclusão de um acordo comercial com a China, que inclui o fornecimento imediato de terras raras e a ampliação do o de estudantes chineses às universidades americanas. Em uma publicação em seu perfil no TruthSocial, Trump afirmou que o acordo também está sujeito à aprovação final do presidente chinês Xi Jinping.

“O nosso acordo com a China está fechado, sujeito à aprovação final minha e do presidente Xi,” disse Trump, referindo-se às negociações que ocorreram em Londres, onde ambas as partes chegaram a um entendimento importante para a renovação do comércio de bens sensíveis, incluindo minerais críticos.

O novo pacto traz a promessa da China fornecer terras raras essenciais para a indústria americana, com a entrega ocorrendo “de imediato”, como enfatizado pelo presidente. “Teremos ímãs completos, e todas as terras raras necessárias serão fornecidas, de forma antecipada, pela China,” completou Trump em sua postagem.

Como contrapartida, os Estados Unidos se comprometeram a cumprir o que foi acordado na negociação, incluindo a manutenção do fluxo de estudantes chineses para as universidades americanas. Trump afirmou que esse aspecto sempre foi positivo em sua gestão. "Estudantes chineses usarão nossas faculdades e universidades (o que sempre foi bom para mim!)", escreveu o presidente.

O acordo também envolve uma revisão nas tarifas entre as duas nações. Segundo Trump, os Estados Unidos manterão uma tarifa de 55%, enquanto a China se beneficiará de uma tarifa de 10%. “A relação está excelente!” concluiu Trump, destacando a satisfação com o andamento das negociações.

As tratativas entre as duas maiores economias do mundo chegam em um momento de intensa atenção global, com a tentativa de aliviar as tensões comerciais e reestabelecer o fluxo de mercadorias cruciais para ambos os países. As tarifas, que haviam sido elevadas durante o auge da guerra comercial entre as potências, aram a ser revistas após acordos anteriores, como o realizado em Genebra no mês ado.

O impacto de tal acordo pode se refletir diretamente nas relações comerciais globais, principalmente no setor de tecnologia e no mercado de minerais essenciais para a indústria eletrônica. O fornecimento de terras raras por parte da China, vital para a produção de eletrônicos, é um ponto central do entendimento.

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