Guaidó é acusado de subornar funcionários espanhóis em troca de apoio político, com pedido de prisão e alerta vermelho da Interpol
Acusações contra Guaidó: Ministério Público da Venezuela pede prisão e alerta vermelho da Interpol por corrupção e outros crimes. (Sarah Silbiger/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 13 de junho de 2025 às 21h15.

O Ministério Público da Venezuela solicitou, nesta sexta-feira, 13, uma nova ordem de prisão e um alerta vermelho da Interpol contra o opositor Juan Guaidó, acusado de supostos casos de corrupção quando esteve à frente do governo interino simbólico.

Guaidó, designado líder parlamentar de oposição desde 2019, chefiou um governo interino sem funções práticas até janeiro de 2023, apoiado pelos Estados Unidos e por mais de cinquenta governos que não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, tachando-a como "fraudulenta".

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Novas acusações contra Guaidó ligadas a suborno na Espanha

A Venezuela iniciou uma nova investigação contra Guaidó com base em um áudio que vincula o ex-deputado com o suposto pagamento de suborno a funcionários da Espanha.

Segundo o procurador-geral Tarek William Saab, Guaidó ofereceu "o pagamento de uma comissão petrolífera de 500 mil euros mensais por um período de três anos a altos cargos do Governo espanhol em troca de seu reconhecimento como suposto 'presidente interino' da Venezuela".

Durante esse interinato, a oposição venezuelana assumiu o controle da Citgo, filial da estatal petrolífera venezuelana PDVSA nos Estados Unidos. Além disso, impediu o controle por parte do governo de Maduro das reservas de ouro do país, armazenadas em um banco na Inglaterra.

Guaidó já enfrenta múltiplos processos judiciais na Venezuela

Em outubro de 2023, o Ministério Público venezuelano ditou uma ordem de prisão contra Guaidó, que fugiu para os Estados Unidos em abril do mesmo ano, e solicitou um alerta vermelho da Interpol após acusá-lo de "entregar" a Citgo.

Esse caso se soma "aos 29 processos contra Guaidó por crimes de usurpação de funções, lavagem de dinheiro, traição à pátria e associação para delinquir, entre outros", acrescentou Saab.

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