Redação Exame
Publicado em 13 de junho de 2025 às 08h44.
Última atualização em 13 de junho de 2025 às 09h07.
O Irã qualificou o ataque aéreo de Israel contra suas instalações militares e nucleares nesta sexta-feira, 13, como uma "declaração de guerra". O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, enviou uma carta à Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo que o Conselho de Segurança tome medidas imediatas em resposta à ação israelense.
O bombardeio israelense, realizado durante a madrugada, teve como alvo diversas instalações no território iraniano, incluindo locais associados ao programa nuclear do país. Segundo as autoridades de Israel, o "objetivo da operação foi conter o avanço do programa nuclear iraniano". Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades iranianas, com várias instalações sendo atingidas.
Como resposta ao ataque, o Irã teria lançado 100 drones contra Israel, segundo autoridades israelenses. Esse movimento representa uma escalada no conflito, com o governo iraniano reiterando suas ameaças a Israel e aos Estados Unidos. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel "receberá um destino amargo", e que os países responsáveis pelo ataque irão "pagar caro" pelo ocorrido.
Na carta enviada à ONU, o Irã pediu uma resposta internacional imediata à ação israelense, acusando o país de agressão. "A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes", disse Khamenei, destacando a intenção de continuar com os projetos nucleares do Irã.
O ataque resultou em várias mortes importantes para o governo iraniano. Entre os mortos estão o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri. Além disso, dois cientistas nucleares também foram mortos nos bombardeios. As mortes de figuras-chave, tanto militares quanto científicas, aumentam a tensão e a gravidade da situação.
*Com AFP