Trump: presidente confirma que os EUA sabiam do ataque de Israel ao Irã e avalia impacto nos mercados financeiros
Estagiária de jornalismo
Publicado em 13 de junho de 2025 às 10h38.
Última atualização em 13 de junho de 2025 às 10h48.
Donald Trump afirmou nesta sexta-feira, 13 em entrevista ao The Wall Street Journal que os Estados Unidos estavam cientes dos planos de Israel para atacar o Irã.
Segundo Trump, ele e sua equipe foram informados sobre a operação antes do ataque, que ele classificou como "muito bem-sucedido". O presidente ainda afirmou que não houve um aviso formal, mas sim um reconhecimento do que estava acontecendo.
Em uma conversa com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump ressaltou que havia dado um ultimato ao Irã: "vocês têm 60 dias para fechar o acordo. No 61º dia, eles atacaram. Hoje é 61º, na verdade, e foi um ataque muito bem-sucedido". Trump também afirmou que o Irã ainda pode fazer um acordo, desde que "ainda tenham algo sobrando", referindo-se à capacidade nuclear iraniana remanescente.
Questionado sobre o impacto do ataque nos mercados financeiros, Trump disse acreditar que, no longo prazo, o desfecho seria positivo, pois impediria o Irã de obter uma arma nuclear, o que representaria uma grande ameaça à humanidade. Ele afirmou que isso seria "a melhor coisa que já aconteceu para o mercado".
O contexto do ataque envolve tensões crescentes no Oriente Médio, com Israel preparando-se para atacar as instalações nucleares iranianas, conforme indicam informações de inteligência dos EUA.
Autoridades americanas disseram ao Wall Street Journal que o ataque poderia ocorrer em poucos dias, possivelmente já no domingo seguinte, caso o Irã não concorde em interromper a produção de material para armas nucleares.
Apesar do apoio político, o governo Trump comunicou a Israel que não forneceria assistência ofensiva direta para a operação, como munições avançadas ou reabastecimento aéreo, o que limita a capacidade israelense de causar danos profundos às instalações iranianas, muitas delas protegidas em bunkers subterrâneos.
Trump, por sua vez, expressou o desejo de evitar um conflito aberto, ressaltando a importância de uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, embora tenha reconhecido que as negociações estão emperradas devido à insistência do Irã em manter seu programa de enriquecimento de urânio.
Esse episódio reflete a complexidade da política internacional na região, onde Israel busca impedir o avanço do programa nuclear iraniano e os EUA tentam equilibrar apoio a seu aliado com a contenção de uma escalada militar que poderia envolver suas próprias tropas.
Segundo o Wall Street Journal, o ataque israelense marca um ponto crítico nessa disputa, com implicações globais para a segurança e estabilidade.