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Petrobras (PETR4) tem alta firme com conflito entre Israel e Irã

O petróleo disparou quase 8%, com os ataques alimentando temores sobre uma possível interrupção no fornecimento global da commodity

Petróleo: Petrobras (PETR3; PETR4) sobe com conflito entre Israel e Irã (Petrobras/Divulgação)

Petróleo: Petrobras (PETR3; PETR4) sobe com conflito entre Israel e Irã (Petrobras/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 13 de junho de 2025 às 13h10.

As tensões no Oriente Médio têm reflexos no mercado financeiro: o petróleo chegou a subir quase 8% após os ataques de Israel direcionados a instalações nucleares do Irã, com os contratos futuros do Brent com vencimento mais próximo chegando ao patamar dos US$ 78,50. Já a referência WTI para julho chegou a ser cotada em US$ 75,21 por barril.

O movimento impulsiona as ações das petroleiras no mundo todo. Na máxima do dia, os papéis da APA Corp. subiram 4,8%, as da Diamondback Energy subiram 5,8%, as da Occidental Petroleum subiram 4,20% e as da Schlumberger saltaram 2,3%. As da Chevron, por sua vez, subiram 1,8% e as da Exxon Mobil subiram 2,55%.

No Brasil, PETR3 chegou a subir 4,43% na abertura do pregão, enquanto PETR4 disparou 4,22% também no início da sessão. Por volta das 13h, os papéis subiam 2% e 1,9%, respectivamente, ainda figurando como as maiores altas do dia.

O que acontece é que o Irã é um grande produtor de petróleo e, após Israel lançar ataques aéreos contra o país, elevou o risco de escalada militar no Oriente Médio e alimentou temores sobre uma possível interrupção no fornecimento global da commodity.

A disparada do petróleo nesta sexta-feira, 13, marca a maior variação intradiária dos dois principais contratos desde 2022, quando a guerra na Ucrânia elevou os preços da commodity.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque mais recente teve como alvo as instalações nucleares de Natanz, cientistas iranianos e centros de desenvolvimento de mísseis balísticos.

O Irã confirmou danos em Natanz — sem registro de contaminação radioativa — e, segundo a mídia estatal, o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu durante os ataques.

Teerã prometeu retaliação, o que aumentou ainda mais o temor de que o conflito comprometa o fluxo de petróleo pelo Estreito de Ormuz, responsável por cerca de 20% do consumo global, ou algo entre 18 e 19 milhões de barris por dia.

Analistas da Gavekal já preveem que o conflito irá seguir pressionando o preço do barril, com o tipo Brent podendo oscilar, em média, entre a faixa de US$ 67,50 e US$ 70 por barril no segundo semestre de 2025.

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