Apesar do crescimento e inovações, como a integração de inteligência artificial em produtos, a empresa enfrenta ceticismo sobre sua capacidade de competir com startups do setor focadas em inteligência artificial
Adobe headquarters in San Jose, California, US, on Thursday, Nov. 30, 2023. Adobe Inc. is scheduled to release earnings figures on December 13. Photographer: David Paul Morris/Bloomberg via Getty Images (David Paul Morris/Getty Images)

Publicado em 13 de junho de 2025 às 09h40.

A Adobe está no centro de um verdadeiro dilema: enquanto suas finanças seguem crescendo e superando as expectativas do mercado, a empresa precisa se adaptar rapidamente a uma revolução tecnológica que não perdoa. O saldo do segundo trimestre fiscal é positivo, com a gigante do design projetando uma receita de US$ 5,88 bilhões a US$ 5,93 bilhões para o próximo trimestre, superando as previsões de analistas.

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Além disso, o lucro por ação deverá ficar entre US$ 5,15 e US$ 5,20, acima da estimativa de US$ 5,11. No entanto, o verdadeiro desafio da Adobe vai além dos números: é a capacidade de competir com startups ágeis, totalmente voltadas para inteligência artificial (IA), e que estão ganhando terreno com ferramentas mais simples e rápidas para criação de imagens.

O mercado de IA gerativa tem transformado a forma como as pessoas criam e interagem com o design digital, e o Canva e o Midjourney são apenas alguns exemplos de ferramentas que estão tomando a frente dessa corrida. Enquanto isso, a Adobe tenta atualizar seus produtos tradicionais, como o Photoshop, para incorporar a IA de maneira mais robusta, mas sem perder sua identidade.

Para se manter relevante, a Adobe tem investido fortemente em sua linha de IA, chamada Firefly, que já gerou mais de 24 bilhões de conteúdos, um aumento de 4 bilhões em relação a março. A empresa espera que sua estratégia de IA gere US$ 250 milhões em receita recorrente anual. É uma aposta de longo prazo para evitar que a Adobe se torne irrelevante no cenário crescente de criatividade digital movido por IA. O CEO da empresa, Shantanu Narayen, acredita que a inovação em IA pode transformar várias indústrias e ajudar empresas a alcançar novos níveis de criatividade, mas será que isso será suficiente para competir com a agilidade das startups?

O segundo trimestre fiscal da Adobe foi uma prova de sua resiliência. A receita da empresa cresceu 11%, atingindo US$ 5,87 bilhões, superando a previsão de US$ 5,8 bilhões. O lucro foi de US$ 5,06 por ação, superando a estimativa de US$ 4,98. No entanto, mesmo com esses números sólidos, o verdadeiro teste para a Adobe será conseguir se reinventar em tempo de acompanhar a velocidade da inovação em IA.

A unidade de mídia digital, que inclui o Acrobat e outros softwares de criação, gerou US$ 4,35 bilhões, com um aumento de 11%. Já a unidade de marketing e análise de dados também obteve um bom desempenho, com um aumento de 10%, totalizando US$ 1,46 bilhão. Ainda assim, fica a pergunta: será que esses números são suficientes para manter a Adobe no topo, enquanto empresas menores e mais focadas em IA ganham cada vez mais espaço?

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