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Na Youcom, os uniformes das lojas são parte da ressocialização de mulheres detentas; entenda a ação

Companhia de roupas firmou uma parceria com o Movimento Eu Visto o Bem, que capacita mulheres privadas da liberdade

Uniformes novos contam com mão de obra de mulheres privadas de liberdade em ressocialização (Youcom/Divulgação)

Uniformes novos contam com mão de obra de mulheres privadas de liberdade em ressocialização (Youcom/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 11 de junho de 2025 às 08h30.

A Youcom, marca de roupas voltada ao público jovem, apresenta uma nova iniciativa que une responsabilidade social e sustentabilidade. A empresa desenvolveu seus novos uniformes, utilizados pelos times de atendimento nas lojas, em parceria com o Movimento Eu Visto o Bem (MOVI), organização dedicada à ressocialização de mulheres privadas de liberdade.

As peças foram confeccionadas por 18 mulheres da Penitenciária Feminina de Votorantim, localizada na região de Sorocaba, interior de São Paulo, que participaram ativamente do processo de produção.

A colaboração não se limita à confecção de uniformes. O envolvimento das mulheres com o projeto busca, sobretudo, proporcionar uma fonte de renda e desenvolver suas habilidades profissionais, especialmente no manuseio de máquinas de costura.

Transformação social

Segundo Claudio Barone, diretor da Youcom, a parceria representa uma ação prática de transformação social. "Mais do que uma peça de roupa, os novos uniformes simbolizam uma oportunidade de ressocialização e empoderamento", afirmou.

Além do impacto social, os uniformes da Youcom seguem critérios ambientais. As peças são produzidas com algodão da Better Cotton Initiative (BCI), um programa global que promove o cultivo sustentável de algodão, com garantias de condições de trabalho dignas desde o cultivo até o processamento.

A empresa também destaca o diferencial social do projeto, que beneficia mulheres, em sua maioria pretas ou pardas e com baixa escolaridade, envolvidas no processo de produção.

Ressocialização de mulheres presas

O MOVI, parceiro nesse projeto, oferece um programa de desenvolvimento completo para as mulheres participantes, com oficinas de costura, modelagem, pilotagem, apoio psicossocial e educação financeira.

De acordo com Roberta Negrini, CEO do MOVI, a taxa de sucesso do projeto é alta, medida pelo impacto social causado na vida das mulheres e suas famílias. "87% das mulheres que participam do projeto não voltam a cometer delitos após um ano de trabalho, o que demonstra o impacto positivo da capacitação profissional", disse.

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