Repórter
Publicado em 10 de junho de 2025 às 17h01.
Última atualização em 10 de junho de 2025 às 17h30.
Desde sua descoberta, em dezembro de 2024, o asteroide 2024 YR4 tem atraído a atenção dos astrônomos pela projeção da trajetória que ele deve percorrer nos próximos anos. Isso se deve ao fato de que os dados iniciais indicaram, de maneira preocupante, um risco aproximado de 1% de colisão com a Terra, risco que, posteriormente, foi atualizado diversas vezes, chegando a 3,1% .
Entretanto, novos cálculos mostraram um cenário bem menos alarmante. Em fevereiro de 2025, os cientistas já haviam revisado os dados e concluído que a possibilidade de impacto com o nosso planeta era mínima – atualmente, esse número gira em torno de 0,004% . No entanto, a Lua pode não ter a mesma sorte.
Em um relatório divulgado pela NASA na quinta-feira, 5, foi informado que o asteroide 2024 YR4 ará a cerca de 0,00007 unidade astronômica (aproximadamente 10 mil quilômetros) da Lua em 22 de dezembro de 2032. Isso eleva o risco de colisão entre os dois objetos espaciais para 4,3% , ou uma chance em 34.
Com um tamanho estimado de 53 a 67 metros de comprimento (equivalente a um prédio de dez andares), a aproximação do asteroide à Terra poderia ter grandes consequências para a humanidade. Mesmo se o impacto ocorresse no oceano, ele ainda poderia causar tsunamis e explosões aéreas nas cidades, segundo o site Space.com.
Agora, com os riscos de colisão voltados para a Lua, os astrônomos estão mais otimistas com a possibilidade de uma colisão. Sem risco de alteração na órbita do satélite natural, espera-se que o impacto apenas cause a fragmentação de uma parte da superfície lunar.
"Acreditamos que o fenômeno seria visível da Terra. Até novos meteoritos lunares poderiam cair de maneira segura em nosso planeta dessa forma", declarou Richard Moissl, chefe da Agência Espacial Europeia (ESA), ao IFLScience. "Com certeza, uma nova cratera lunar observável seria o resultado".
Embora o asteroide ainda esteja muito distante para ser observado com telescópios espaciais ou terrestres, a NASA e outras autoridades espaciais continuam monitorando sua trajetória. Estima-se que o asteroide se tornará visível por volta de 2028, quando os especialistas poderão coletar mais dados sobre sua forma e composição, permitindo quantificar seus potenciais efeitos de impacto.