Gilson Machado: Próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Machado é conhecido por postar vídeos tocando sanfona, em apoio ao aliado. (Isac Nóbrega /PR/Divulgação)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 13 de junho de 2025 às 11h17.
Última atualização em 13 de junho de 2025 às 19h27.
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira, 13, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado em Recife. A informação foi divulgada inicialmente pelo G1 e confirmada pela EXAME.
O ex-ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro é suspeito de tentar obter um aporte português para o tenente-coronel Mauro Cid e facilitar uma possível saída do país.
Segundo a PF, existem indícios que apontam que Gilson procurou o Consulado de Portugal em Recife para conseguir um aporte para Cid, mas não teve sucesso. Houve a suspeita de que ele poderia procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo, para que o tenente-coronel deixe o país.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) terminou a abertura de uma investigação contra Machado por uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal da tentativa de golpe de Estado, já que ex-ajudante de ordens é um dos réus.
Cid teve ordem de prisão determinada, mas revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta manhã. Mauro Cid vai prestar um depoimento à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira sobre tentativa de obter aporte que facilitaria saída do país. O documento, segundo a investigação, teria sido obtido por intermédio do ex-ministro Gilson Machado, que foi preso na manhã desta sexta.
Próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Machado é conhecido por postar vídeos tocando sanfona, em apoio ao aliado. Ele ganhou projeção ao disputar a prefeitura de Recife no ano ado contra João Campos (PSB) e ao integrar uma comitiva de bolsonaristas que viajaram para os EUA para a posse de Trump.
Sanfoneiro, veterinário e empresário, Gilson Machado comandou a pasta do Turismo durante os dois últimos anos da gestão ada e, ao final do mandato, tentou se candidatar ao Senado.
Ele, no entanto, saiu derrotado e foi indicado, em seguida, para assumir a Embratur nos meses finais do governo Bolsonaro. Já no ano ado, ele disputou a prefeitura de Recife com o apoio de Bolsonaro, porém perdeu uma segunda vez ao ser superado por João Campos (PSB), prefeito reeleito no primeiro turmo com 78,1% dos votos.